sábado, 31 de março de 2018

Neurociência Cognitiva

Bom dia, pessoal.

Tenho lido muito sobre neurociência-cognitiva nos últimos anos - os estudos feitos pelo cientista V. S. Ramachandran, e a perspectiva dele sobre a função dos neurônios-espelho, que nos faz essencialmente humanos (cultura, linguageme fala). Se acharem conveniente, posso um dia posso no o HTPC e em 40 minutos preparar um material e expor quão rico e interessante pode didicaticamente agregar em sala de aula justamente no processo cognitivo. Alguns trechos deste capítulo:

"...alguns neurônios se excitavam quando observavam outro macaco fazendo a mesma ação! (...) Aqueles não eram meros neurônios motores; eles estavam adotando o ponto de vista de outro animal. (...) É como se neurônios-espelho fossem simulações de realidade virtual da própria natureza das intenções de outros seres."

"Talvez a única coisa que separa a sua consciência da consciência de outra pessoa seja a sua pele."

"... a consciência do outro e a consciência de si desenvolveram-se conjuntamente, levando à reciprocidade do eu-você que caracteriza o ser humano."

"Os neurônios-espelho desempenham mais um papel importante na singularidade da condição humana: permitem-nos imitar (ter cultura)."

Prof. Flavio

terça-feira, 27 de março de 2018

Lula preso

Optei por deixar que se matem. Não literal. Mas emocinalmente. Que os defensores de Lula e os defensores do Bolsonaro se matem. Também os que querem Lula preso e os que querem Lula presidente. Fora esta luta ideológica feita com o a miséria da filosofia de que fala Marx em resposta a Proudhon à filosofia da miséria, se optarmos a voltar a ser uma nação mais feliz, optaríamos ao menos viver com saúde emocional. Desde o Impeachment da Dilma, eu optei por sair desta bagunça e falar o contrário do que penso aos esquerdistas e silenciar as asneiras loucas dos direitistas. Se for para exaltar alguém, prefiro minha mãe, meus alunos, ou pessoais com funções mais práticas na sociedade, que fazem o que devem e procuram fazer o bem. Mas a miséria do pensamento está na mente dos brasileiros ignorantes, ou sejam, que ignoram sua vida e exaltam o que não sabem direito. Geralmente são adultos perdidos, sem poder de reflexão, já que refletem sustentados em quase nada. São papagaios. A esquerda com os mais pobres e a direita com seu umbigo. Optei por deixar que eles se matem na miséria de suas ideologias. Quando se quer paz, ambas as partes aceitam a paz. Basta querer. Foi assim, é assim e assim será.

segunda-feira, 19 de março de 2018

Inteligência Emocional

"Enquanto  o mundo muitas vezes nos põe diante de uma gama difícil de opções (onde aplicar o dinheiro, com quem casar), o aprendizado emocional que a vida nos deu (como a lembrança de um desatroso investimento ou uma separação dolorosa) nos envia sinais que facilitam a decisão, eliminando, de pronto, algumas opções e privilegiando outras."

Inteligência Emocional

domingo, 18 de março de 2018

Poeminha

Perdido em meus pensamentos,
Quase tão perto da morte,
Que vi seus olhos momentos,
Que sim sorri para a sorte
De amar e crer na loucura,
Amar as suas ternuras.

sexta-feira, 16 de março de 2018

Sociedade doente

Disse esta semana aos meus alunos do 9° que a sociedade brasileira é a mais doente do mundo. Não foi de modo gratuito. Nós analisávamos um poema de minha autoria, bem simples e curto - dois versos - que diz

quarta-feira, 14 de março de 2018

Stephen Hawking

Estava explicando para a minha mãe o que eu entendo da Teoria da Relatividade, de Albert Einstein, porque ela queria saber quem foi Stephen Hawking. O minúsculo que sei sobre a Teoria de Einstein (na verdade, a parte comprovada de sua teoria geral), é que no universo a luz se propaga em curva e não em uma linha reta. Então, perguntei a ela:
- Por que será que a luz se propaga em curva no universo, mãe?
- Porque deve haver alguma gravidade puxando-a, ela respondeu intuitivamente.
- Exatamente.
Então continuei que se a luz faz curva, é porque existe uma força tão poderosa a ponto de puxar aquilo que nem matéria é. E falei que por este motivo, o espaço, o universo inteiro é curvo, e tudo é curvo, tudo tem movimento, tudo está se atraindo e se repelindo. Logo, nosso conceito de espaço e tempo muda constantemente, porque no espaço a menor distância entre dois pontos não é uma reta, mas sim uma curva. A reta é um espaço relativamente menor do que a curva. Mas a luz nunca se propagará pelo universo em linha reta. Compreende? Sinto até vergonha de querer falar sobre algo assim, eu sendo professor de inglês, de português e escritor. Mas foi o básico dos básicos para uma senhora de 77 anos, e ela assiminou. Bem, eu e ela agora temos o mesmo conhecimento sobre a Teoria da Relatividade, de Einstein. Neste sentido, o pouquinho que também li de Stephen Hawking, eu não entendi suas hipóteses, no livro Uma Breve História sobre o Tempo. Ele crê que o universo está em expansão, mas tem um limite, e depois de atingir o limite, vai fazer o processo inverso. O universo voltará a ser menor qur um átomo até explodir de novo. Um ioió. Eu sei que ele acreditava que Deus jogava dados com o universo e trapaceava. Sei que ele é uma inspiração para os jovens cientistas. Mas eu gosto mais das ideias de Einstein. Mesmo porque não entendi do Hawking.

domingo, 11 de março de 2018

Joseph Campbel

"A imagem que agora me vem à mente é a Minofauromaquia, de Pablo Pucasso, uma gravura que mostra um touro enorme, monstruoso, se aproximando. O filósofo, aterrorizado, está galgando uma escada para escapar. Na arrna jaz um cavalo, que foi morto, e sobre o cavalo sacrificado está uma mulher-toureiro, que também foi morta. Uma única criatura olha de frente esse terrível monstro, uma garotinha, simples, inocente e infantil, e a ameaça terrífica. Você tem aí o problema dos tempos modernos."

Joseph Campbell

Joseph Campbel 2

"A experiência mística mecanicamente induzida (álcool, maconha, cocaína) é o que temos aí. Tenho assistido a muitos congressos de psicologia que lidam com a grande questão da diferença entre experiência mística e o colapso psicológico. A diferença é que aquele que entra em colapso imerge (afunda) nas águas em que o místico nada. Você precisa estar preparado para essa experiência."

Joseph Campbell

Não ao amor romântico

Parece paradoxal, mas é possível desejarmos não ser amor romântico de mais ninguém por um tempo, ou para sempre. Tema delicado, compreendido e aceito. Desejar não ser amado é contra muitos princípios sentimentais humano que vão da não-solidão à anulação da vaidade. Ninguém deseja a solidão. Todos e tudo somos vaidade. Não me refiro aos amores que nos amam hoje e ontrm, porque sempre os temos. Refiro-me a novos amores, em um momento do mundo sedento de carinho, afeto, atenção, boa companhia e a não-solidão. O abandono é algo muito sério, que diferencia na dor de estar só. O abandono soa terrivelmente mortal para todos que o sentem. Não há alma humana neste nosso mundo particular da nossa sociedade consumista que aceite sem transtornos emocionais o abandono e o ser abandonado. Inclusive, sentir-se abandonado é apenas uma percepção, mas é muito cruel a quem o sente. Não ser capaz de corresponder a um amor tem nuances muito sutis. Uma delas é respeitar a dor alheia. Pode amar-me, mas terei de fingir que não entendi. Outra é não fomentar o que não terá duração. Pode amar-me. Trocamos momentos juntos, mas sem esperança. A mais radical é escolher evitar, evitar de todas as formas ser amado ou amada romanticamente. Neste último sentido que eu creio na possibilidade e não desejarmos ter novos amores românticos. Eu vejo esta decisão como uma forma de sublimar o belo sentimento que é amar e não cativar no outro a ilusão, que gerará o desconforto na alma e a possibilidade da sensação de abandono e rejeição. Como disse, complexo e paradoxal não querer mais sentir-se amado ou amada por novos amores. Não que não faça bem para o ego. É questão de se o bem causado supera a dor alheia criada. Particularmente, não quero arriscar. Se não for para permanecer, não há mais porque criar expectativas. Ao menos por um tempo, ou para sempre - o que não acredito...

Vida diária

Futebol e ler sobre neurologia. Limpar o terreno e estudar filosofia. Lavar roupa e reler sobre mitologia. Acreditar em minhas aulas de inglês onde se acredita que é possível saber sem se dedicar aos estudos, mas não é possível! Dar aulas de Língua Portuguesa na rede pública para os 6°, 7° e 9° anos do E. F. e ainda não desistir de ser o escritor que sou, que narro, que ficciono, que poetizo, que faço o que propõe a arte: transcender, ou seja, ir além de nossa condição humana. E na sala de aula, amo ensinar e ensino o que posso ensinar. Parece lamúria. Mas é a síntese de nosso Brasil. O valor de um intelectual tem o mesmo valor de um desempregado na economia de mercado. Não importa neurologia, filosofia, mitologia, ensino. Aqui importa cumprir a burocracia e passar os dias querendo ter razão simplesmente por achar que se tem razão. Tenho mais valor quando faço rir do que quando acendo uma centelha que ajuda a despertar a autoconsciência, a apreensão, a abstração, a aprendizagem. Insisto que não é lamentação porque me sinto superior ao que vivo, e não lamento a realidade em que vivo. Aprende a refletir sobre ela. Usar minhas energias físicas me causam um prezar que as energias intelectuais não causam, a não ser para mim mesmo e para poucos que conheco e que comungam das leituras e da liberdade do pensamento. Tentar se adaptar na burocracia brasileira é fácil para a maioria. Eu tenho tentado e com certo êxito. Porém, entristece-me e um dia escreverei como segurei as lágrimas na sala de aula quando ouvi das palavras de uma diretora, disciplinando os alunos indisciplinados, que ela estava lá para apoiar os alunos quando eles tivessem razão, mas também o professor, quando ele tivesse razão. Como este assunto é um vespero, eu me silencio por enquanto.

quarta-feira, 7 de março de 2018

Um pouco de neurologia

Um pouco sobre neurologia, para quem tem curiosidade e se interessa pelo assunto. Não sou expert, nem estudioso. Sou leitor apenas. Leio estudos recentes sobre o funcionamento do cérebro humano e escrevo e falo como quem é curioso. Claro que agragam muito estas leituras em minhas aulas de inglês e de português. Aprender como o cérebro assimila e apreende é de enorme valia aos alunos. O ponto sobre o qual quero falar é bem esclarecedor. Cada pequena região e nosso cérebro tem fome por estímulo. Qualquer vício, neste sentido, é um desejo por estímulo que o viciado não tem mais controle, não consegue mais inibir com a autonomia de sua própria vontade. Nosso cérebro é sedento por mensagens sensoriais. A ausência de estímulo causa choque e fiação cruzada, porque aquela parte do cérebro que deseja estímulo pode invadir outras áreas que está sendo estimuladas. Isso é comum nos amputados. A pessoa não possui mais todo o membro inferior direito, mas o cérebro possui ainds os neurônios que estimulavam os dedos dos pés, a sola do pé, o calcanhar, a panturrilha, o joelho, a coxa, as articulações dos ossos, os tendões. Foi arrancado o membro inferior inteiro, mas as redes de neurônios que respondiam aos estímulos ainda permanecem no cérebro esperando alguma dor, alguma força, algum agachamento, o calor do sol, a depilação, o corte e unha e todas as infinitas possibilidades dos mais variados estímulos naquela parte do corpo, que não está mais lá no corpo. Então estes neurônios, desesperados, permitem serem invadidos por outras partes do corpo, geralmente a mais próximo. Exemplo. A rede sensorial dos pés está ao lado da rede sensoria da genitália do homem. Um paciente que perdeu o pé, passou a ter orgasmos extremamente mais potentes, porque, além dos neurônios normais, aqueles neurônios dos pés foram invadidos pelos da genitália. Imagine um milhão de neurônios para o orgasmo. Agora, com os neurônios dos pés para o orgasmo, imagine 10 milhões de neurônios! Claro que somos tentados a ter esta experiência meio bizarra. Por isso a importância de estimular o cérebro em várias frentes. Leio muito, intelectualizo-me sempre que posso, e agora agrego atividades de treinamento muscular semi-intenso. Vou estimulando. Nem é questão de ganhar algo. É apenas saber, agregar e viver.

segunda-feira, 5 de março de 2018

Motorista de ônibus

Comecei aulas hoje em Maresias, na escola municipal, para alunos do sétimo ano. No intervalo, um daquelea jovens bem irreverentes e expontâneos, me disse:
- Professor, o senhor parece um motorista de ônibus.
Claro que eu adoro. Adoro parecer. Prefiro confundir até para ter paz. Neste caso, não confundi. Parece um motorista de ônibus, ou sou semelhante ao motorista deles. Bem, antes eu era chamado de Johnny De Vitto.

domingo, 4 de março de 2018

Idade para recolher-se

Não há idade para amar. Mas há idade para recolher-se cedo na cama. Do pessimismo ao otimismo, amar e dormir cedo não se excluem, mas trazem um pouco de pessimismo, já que subentendem-se a ausência, ou a presenca apenas de nós mesmos. Soa como o fim, fim da vida. Ao fim da vida, o pessimista vencerá. Velando ou levado, apontará o dedo insistindo para nós "eu sabia!" Enquanto estamos por aqui, por que não deixar as circunstâncias ao menos tentarem? Este dias disse a alguém que todos os bilionários, milionários, gente famosa e com qualquer dose e sucesso, encontrou o elemento sorte, que foi determinante. Me vêm à mente as palavras dos Racionais "inteligência e personalidade, mofando atrás de uma grade." A cancão é Eu tô Ouvindo Alguém me Chama. Há tantos gênios escondidos, muitas vezes entregues a um vício, ou à paz interior, ou à recusa de ser além. Está por aí, e não teve aquele elemento sorte que o tirou da obscuridade no momento em que ele sairia traquilamente. O Zeca Pagodinho me encantou recentemente. Disse ele que o sucesso passou longe de sua cabeça e que não quis em momento algum perder sua liberdade. Endireitou-se um pouco quando percebeu que havia pessoas que dependiam dele para trabalhar. Assim, equilibrou-se entre a fama e a liberdade.

sábado, 3 de março de 2018

A mais fraca

"A mais fraca das duas espécies seria a primeira a pagar tributo à natureza; a mais ativa e vigorosa teria a vida preservda."

Joseph Townshend

Perda da comunicação

Há certo momento na vida em que perdemos nossa capacidade de comunicação... com os humanos.
Não falo para quem as palavras são sempre iguais.
Falo a quem o universo sensitivo transcende os limites do que as palavras têm a dizer.
Falo à arte, à filosofia, ao saber, à incansável busca de alegrar-se por existir temporariamente.
Falo resignado.
Deixo o pensamento solto, mas não perdido.
Deixo a alma liberta, mas não inconsequente.
Deixo os sentidos brigarem entre si... ou melhor, acomodarem-se intuitivamente.
Esta minha incomunicacão com a humanidade.